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Editoras universitárias: a importância do seu trabalho
Marisa Pereira Góes de Araujo

Última alteração: 2017-07-28

Resumo


Antes do surgimento das primeiras editoras universitárias, três décadas antes, as universidades brasileiras faziam publicações de periódicos. A maioria destes periódicos não era divulgado nem muito menos comercializado muito embora esses textos passassem por uma comissão editorial ou consultoria. As primeiras editoras universitárias surgiram em 1961 e 1962. Foram criadas a para atender à crescente demanda de alunos do ensino superior e para suprir uma carência de publicações que atendessem esse nicho. Seguem desempenhando a função de publicar obras de relevante valor científico voltados para a comunidade acadêmica.

Salim Miguel, define as editoras universitárias como projetos culturais e não comerciais, cabendo-lhes preservar a memória do que é produzido nas universidades e na comunidade em geral, além de projetar novos valores. Afirma que, sendo um projeto cultural, é também projeto político.1

Embora as editoras universitárias se firme como "necessárias" levantam-se argumentos e dirigem-se ataques à sua atuação. Tais preconceitos são oriundos de editoras privadas ou da própria comunidade universitária, tais como: que deve produzir somente livros baratos; publicar somente livros para professores ou de professores; publicar somente livros para alunos; não deve visar lucro ou ainda que as editoras provadas suprem todas as necessidades da sociedade.

Muito se tem discutido sobre o papel das editoras universitárias e a sua diferenciação em relação às editoras privadas. Um dos objetivos principais de uma editora universitária é "não priorizar o que vende, mas o que é bom"2.

É possível perceber que, mesmo considerando os diferentes espaços de atuação, os diversos enfoques e finalidades de uma é de outra, há convicção entre os diretores de editoras universitárias de que é possível uma ação conjunta ou integrada entre os dois modelos de editoras.

A expressão "editora universitária" refere-se também às editoras ou núcleos editoriais em instituições de ensino superior que, embora não sendo universidades, já se sentiram mobilizadas em divulgar a sua produção científica. É o caso da Escola Federal de Engenharia de Itajubá (EFEI) é o da Escola de Administração Fazendária (Esaf), que já produziram muitos títulos de interesse para os cursos de engenharia e administração.

 

1 Anais do Seminário Nacional de Editoras Universitárias, Campinas: Editora da Unicamp, 1986, p. 97.

2 F. Bom. Campos, Editoras Universitárias: editar ou perecer, Op. Cit. 0. 110.


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