Portal de Conferências da UFRJ, VII SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO DOS TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS

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Os impactos do Decreto-Lei 477 (1969) no esvaziamento científico, cultural e político na UFRJ.
Andrea Cristina de Barros Queiroz

Última alteração: 2019-08-24

Resumo


Este estudo tem como principal objetivo apresentar a importância do Projeto Memória, Documentação e Pesquisa da Divisão de Memória Institucional do Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e as suas pesquisas referentes à memória e à história institucional. Desde o ano de 2014, quando se completou 50 anos do golpe civil-militar no Brasil, as pesquisas desenvolvidas se destinaram à análise e à disseminação do acervo universitário referente a esse período da história nacional, em que houve vários expurgos de professores, discentes e servidores técnico-administrativos da UFRJ, a invasão de diversos campi da Universidade pelas forças armadas e a perseguição de vários estudantes universitários ligados direta ou indiretamente ao movimento estudantil, além de outros mecanismos institucionalizados de cerceamento, como a censura às obras bibliográficas e à pesquisa; a criação de Agências Especiais de Informação (AESI) para vigiar a comunidade universitária. Lembramos que um ponto culminante do governo autoritário, que se iniciou com o golpe de 1964, para as Universidades foi a sua legislação de exceção com a criação dos Atos Institucionais e, sobretudo, com o Decreto-lei nº 477, de 26 de fevereiro de 1969, também chamado de “AI-5 das universidades”, que punia professores, estudantes e servidores técnico-administrativos das universidades acusados de subversão ao regime e punidos com a expulsão e outras sanções. O impacto desta conhecida “operação limpeza” foi um esvaziamento científico, cultural e político na UFRJ.  Este trabalho mantem um diálogo com a Comissão da Memória e Verdade da UFRJ (CMV-UFRJ), criada, em Julho de 2013, com o intuito de investigar os impactos do regime militar e das violações dos direitos humanos no interior da Universidade, e os debates em torno do chamado “dever de memória”.


Palavras-chave


História; Memória Institucional; Universidades; UFRJ

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