Este trabalho pretende compartilhar o resultado do processo de pesquisa, construção e prática de metodologia para o inventário e documentação do acervo artístico da Universidade Federal de Minas Gerais, que, sendo adaptado, poderá ser utilizado como modelo para outras instituições museais. Resultado de trabalho em conjunto de equipe composta por duas professoras coordenadoras (Ana Panisset e Letícia Julião - ECI), dois professores colaboradores (Alexandre Leão e Giulia Giovani - EBA), uma técnica da Diretoria de Ação Cultural (Renata Leite) e oito estagiárias dos cursos de Museologia, de Conservação-Restauração de Bens Culturais Móveis da UFMG e de Arquivologia que atuaram como inventariantes do acervo. Em 90 anos de existência, a UFMG reuniu, ao lado de suas coleções científicas, um importante acervo artístico de diversidade tipológica, de materiais e técnicas, suportes e linguagens. De acordo com levantamento realizado entre 2009 e 2011, pelo Projeto “Memória, Acervo e Arte”, são mais de 1500 obras que, adquiridas de forma assistemática. Para se construir ações de conservação e gestão, é necessário o conhecimento prévio e abrangente da realidade dos bens culturais, o que torna a catalogação, pesquisa e o inventário imprescindíveis para um bom projeto, favorecendo seu monitoramento e sua manutenção. Para a produção de informações claras sobre as obras e as coleções, subsidiar pesquisas e promover a salvaguarda e extroversão dos bens culturais que integram o patrimônio artístico da UFMG, procuramos normatizar tanto da estrutura de dados quanto da terminologia empregada, a fim de garantir a consistência, confiança, preservação e recuperação da informação. Com base em de pesquisa bibliográfica, documental e análise de inventário anterior feito em word (composto por 6.449 arquivos word em 1.571 pastas), elaboramos diretrizes e normatização para a construção de uma planilha com campos e termos controlados para um novo inventário. A partir disto, iniciou-se o processo de inventário, preenchimento da planilha, marcação de objetos, higienização, medição e fotografia, nos setores localizados no prédio da Biblioteca Central da UFMG. A ferramenta gratuita de gerenciamento de projeto Trello foi utilizada para organizar e priorizar atividades através da criação de quadros, listas e cartões que permitem adicionar anexos, prazos e comentários, partilhados com a equipe. De setembro de 2017 até março de 2019, foram inventariadas 281 obras artísticas que já estão sendo migradas das planilhas excel para o software InArt da Sistemas do Futuro e acaba de ser lançada sua versão web.