O presente estudo tem o objetivo de explorar a percepção de diferentes atores de uma instituição federal de ensino superior sobre o planejamento estratégico, neste caso específico, coordenadores de curso e membro da área de planejamento estratégico. Estipulou-se como hipótese que a percepção sobre o tema dos atores organizacionais estudados seria diversa. As instituições federais de ensino superior estão inseridas em um ambiente de alta mutabilidade, dinamismo, complexidade e incerteza, levando-as a buscar alternativas no sentido de manterem-se competitivas neste contexto, onde o planejamento estratégico aparece como instrumento utilizado pelas organizações, incluindo instituições de ensino superior para sobrevivência em ambientes com estas características. Para atingir o objetivo proposto, realizou-se entrevistas semi-estruturadas com coordenadores de curso e membro da área de planejamento de uma instituição federal de ensino superior com a finalidade de obter a percepção sobre o planejamento em seus diversos níveis dentro da instituição. Constatou-se que diferente da hipótese inicial do estudo, as percepções sobre o planejamento estratégico demonstram semelhança, mesmo tratando-se de atores tão diversos. O planejamento estratégico é tido como ideal e fundamental, com foco na necessidade de acompanhamento e controle que possibilitaria a realização de ajustes de conduta. Contudo, verificou-se uma percepção de inexistência de planejamento a nível institucional, onde ações do cotidiano norteiam as atividades organizacionais, que vive de “apagar incêncios”, sem uma visão de longo prazo, impossibilitando até o momento a real utilização do planejamento estratégico, refutando com isto a hipótese da pesquisa.