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Construindo bibliotecas universitárias acessíveis
Última alteração: 2019-09-01
Resumo
O texto apresenta dados de pesquisa realizada no Curso de Especialização em Acessibilidade Cultural, do Curso de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da UFRJ, em 2019. As Bibliotecas são os equipamentos culturais mais presentes em nosso país e possibilitam acesso facilitado ao saber sistematizado por estudantes com e sem deficiência, com vulnerabilidade socioeconômica, para a realização de pesquisas e atividades acadêmicas. São espaços democráticos, que recebem um público diversificado. E, mesmo em más condições, possibilitam disseminar cultura no país. Mas, necessitam acompanhar mudanças de papel para se transformar em espaços de prazer e promoção cultural. As bibliotecas apoiam as atividades de ensino, pesquisa e extensão e recebem grande número de estudantes, docentes, pesquisadores e comunidade acadêmica em geral. Devem se sintonizar com as políticas que perpassam as instituições de ensino superior, inclusive as relacionadas a acessibilidade e a inclusão. O objetivo foi conhecer particularidades, dificuldades, barreiras e condições que promovem acessibilidade e inclusão em bibliotecas universitárias. Discorreu-se sobre legislação, normas técnicas, direitos das pessoas com deficiência, relação deste público com os equipamentos culturais e processos de inclusão e exclusão na sociedade. A pesquisa é do tipo qualitativa, de caráter exploratório, conjugando várias técnicas de coleta de dados: Classificação bibliográfica e videográfica; Seleção de material e; Entrevistas. O capítulo 1 apresenta aspectos legislativos e propõe construir políticas públicas para tornar a sociedade acessível e inclusiva para todos. A aplicabilidade confronta-se com complicadores, brechas quanto a consecução, conflitos, incoerências e confrontos no aspecto executivo. O Capítulo 2 evidencia questões gerais das bibliotecas e especifica situações em espaços universitários, aborda circunstâncias do cotidiano dos profissionais de biblioteconomia, usuários com deficiência e destaca alguns suportes adaptativos. O Capítulo 3 discute dados encontrados, retoma aspectos dos capítulos anteriores para tratar particularidades, dificuldades, barreiras e condições que promovam acessibilidade e inclusão em espaços culturais de bibliotecas universitárias. Dados demonstram resultados insatisfatórios. Não se avança na velocidade necessária; “Contingenciamentos” inviabilizarão planejamentos a curto, médio e longo prazos. Impactos negativos já são sentidos. Garantir acesso e permanência de pessoas com deficiência no ensino superior público torna-se um desafio. Nas atividades culturais o risco é ainda maior. O processo de construção de um espaço acessível e inclusivo nas bibliotecas universitárias não se dá mediante a padronização obtida por meio de manuais, diretrizes ou outros documentos. Ocorre a partir da experiência e do reconhecimento das diferenças de cada instituição.
Palavras-chave
Bibliotecas universitárias; acessibilidade; inclusão
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