Objetivou-se avaliar a percepção estética e o impacto psicossocial em crianças/adolescentes com hipomineralização molar-incisivo (HMI) e em seus responsáveis e a relação entre a HMI e a cárie dentária. Para tanto, foram avaliados 112 indivíduos, sendo 56 crianças/adolescentes, com idades entre 7 e 14 anos [divididos em dois grupos: portadores de HMI (n=28) e o grupo sem HMI (n=28)], e 56 responsáveis. Na a avaliação da percepção estética foi utilizado o questionário The Child and Parent’s Questionnaire of Teeth Appearance. Para o diagnóstico da HMI foi utilizado o critério da European Academic of Paediatric Dentistry (graus leve e severo). A experiência de cárie dentária foi observada pelo índice CPO-D (cariado, perdido e obturado). Foram aplicados os testes Qui- quadrado, teste T- student e regressão logística com um nível de significância de 5%. O gênero predominante nas crianças/adolescentes foi o masculino (n = 35; 62,5%). O nível sócio econômico, sexo e etnia não foram associados à HMI (p=0.77, p=0.41 p= 1.0, respectivamente). Em relação à severidade da HMI, 64,3%(n=18) das crianças/adolescentes apresentaram grau leve. As crianças/adolescentes com HMI apresentaram uma insatisfação com as manchas em seus dentes (p=0.01). Não houve uma diferença estatisticamente na condição psicossocial (p=0.17) entre as crianças/adolescentes. A HMI foi percebida pelos responsáveis (6,96 ± 1,96) impactando sua condição psicossocial (p=0,01). Não houve correlação entre a cárie dentária e a HMI (p = 0.80). A HMI foi percebida tanto pelas crianças/adolescentes quanto por seus responsáveis, impactando principalmente os responsáveis em relação às características físicas, psicológicas e sociais. Não houve relação entre a HMI e a cárie dentária.