A proposta apresenta relato de experiência de Tecnologia Assistiva para o módulo Gondwana do “Museu de Geodiversidade (MGeo)”. Dá-se continuidade a estudo anterior com vistas a abordar aspectos não tratados. Esta segunda parte consiste na produção de recursos de Tecnologia Assistiva. No momento, foram construídos: uma prancha de comunicação contendo os itens do Módulo Gondwana, utilizando-se do software Prancha fácil, dois mapas táteis em papel vegetal associado a etiquetação em Braille e uso de boleador, um quebra-cabeças com material reciclável, uma prancha de comunicação com pictogramas utilizando-se do software Arasaac, cinco pranchas de avaliação associando a etiquetação em Braille para título e opções de respostas (uso do software AraBoard). E, utilizado o aplicativo QR Code para possibilitar o acesso por telefonia móvel. Encontra-se em fase de elaboração a construção de jogos interativos. Estas ações objetivam tornar o MGeo um museu inclusivo. A proposta caminha em consonância com o Plano Nacional de Cultura que assevera que o “acesso à arte e à cultura, à memória e ao conhecimento é um direito constitucional e condição fundamental para o exercício pleno da cidadania e para a formação da subjetividade e dos valores sociais”. Esse direito esbarra em barreiras que comprometem sua efetivação e apartam pessoas com deficiência e demais condições específicas dos equipamentos e espaços culturais. O espaço de Gondwana é composto por mapas originais doados, mapas impressos, utilizados durante o projeto, livros de referência na área, amostras de rochas, minerais, fósseis e, minérios dos continentes com 200 milhões de anos. Esse acervo está disponível para os públicos especializado e leigo conhecerem a história antiga do território e sua evolução. Apesar dos avanços obtidos desde a criação do projeto, o espaço e a exposição não estão completamente acessíveis. A conjuntura é adversa, com congelamento de investimentos e precarização de espaços, serviços, direitos, relações de trabalho, dentre outras situações. A trajetória rumo ao acolhimento de todas as pessoas que queiram conhecer o espaço do MGeo ainda é longa e árdua. Tornar acessível equipamentos sociais como museus é, ressignificar estes símbolos da Cultura, tornando-os espaços de resistência e democracia e garantir a inclusão social e a cidadania para todos.