Última alteração: 2019-08-29
Resumo
Os produtos da ciência e da tecnologia encontram-se inseridos por toda a parte e permeiam o dia a dia das pessoas, ainda que muitos não se deem conta disso. Nesse sentido, ações de divulgação e popularização da ciência se fazem necessárias, a fim de dar aos sujeitos a capacidade de exercer de forma plena sua cidadania, tendo condições de discutir e decidir acerca dos temas que envolvem a ciência e a tecnologia. Um dos locais onde essas ações podem ocorrer são os museus e centros de ciências. A Casa da Ciência – Centro Cultural de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro é um centro de popularização da ciência que explora diversas áreas do conhecimento, através de linguagens múltiplas, por meio de exposições, oficinas, bate-papos, entre outros. A Casa tem como desafio, atingir públicos diferentes, estimulando-os a partir de suas atividades, a formular perguntas, buscar respostas e aguçar a curiosidade. Um dos públicos atendidos por este espaço, são as escolas, sejam elas públicas ou privadas. Salienta-se a importância desse público, pois, num cenário de não apropriação dos espaços museais, a escola constitui-se, muitas vezes, como uma das únicas possibilidades das camadas mais populares da sociedade terem acesso a esses aparelhos culturais. Desta forma, as relações que o museu estabelece com a escola são de fundamental importância. Neste sentido, a Casa da Ciência tem como preocupação a manutenção e criação de ações que fortaleçam o relacionamento entre o museu e a escola no intuito de fomentar a visitação aos espaços desde a mais tenra idade. A partir do exposto, o presente trabalho tem o objetivo de apresentar um relato de experiência acerca do atendimento a grupos escolares na exposição “Aventura pelo corpo humano”, realizada de 04 de junho a 04 de agosto de 2019. Desenvolvida especialmente para o público infantil, a exposição alcançou em seus dois meses em cartaz, em torno e 3.198 visitantes escolares, sendo destes, 2.065 advindos de escolas públicas e 1.133 de escolas privadas. Serão apontados os principais desafios enfrentados, bem como as perspectivas de aprimoramento do atendimento a esses grupos em exposição e atividades futuras. Por fim, acredita-se que analisar as relações que o público escolar desenvolve com o museu é de fundamental importância para não só compreender as demandas destes, mas também para ampliar e fomentar a apropriação social do espaço por este grupo.