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BRINCA QUE MELHORA: UMA TRAJETÓRIA DE HUMANIZAÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE PELA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA UFRJ- CAMPUS MACAÉ
Wannessa Martins de Almeida, Fernando Mota Pinho, Gizele da Conceição Soares Martins, Leila Brito Bergold

Última alteração: 2017-08-18

Resumo


O projeto Brinca que Melhora surgiu em 2012, por iniciativa discente, no campus UFRJ Macaé professor Aloísio Teixeira, contando com 5 voluntários dos cursos de Enfermagem e Obstetrícia, Medicina e Nutrição, orientados pela professora Leila Brito Bergold, do curso de Enfermagem e Obstetrícia. Inicialmente, o projeto teve como principal objetivo a humanização da assistência hospitalar em saúde, através do lúdico, que ocorria em uma unidade de internação pediátrica do município de Macaé. Os alunos foram preparados através de um treinamento, o qual contou com estudo teórico e atividades práticas, tendo como alvo o desenvolvimento de atividades lúdicas. Além disso, desde o princípio, o projeto trabalha com educação em saúde, através de peças teatrais com assuntos ligados à saúde, que são apresentadas em escolas municipais e em diversos eventos ligados ou não à UFRJ. Em 2013, por iniciativa dos discentes, o projeto passou a atuar em instituições de longa permanência para idosos (ILPI´s), que contam com poucas atividades, e foi identificado a necessidade de atuação do projeto, para atender a demanda dos idosos das instituições, e houve o ingresso da professora Gizele Martins, do curso de Enfermagem e Obstetrícia. Durante os cinco anos, apareceram dificuldades, como: horário livre dos discentes, poucas publicações sobre práticas lúdicas utilizadas em cenários de saúde; necessidade de maior criatividade para seleção de novas atividades para atender grupos que estão em constante transformação - crianças com acesso direto a dispositivos eletrônicos e idosos em declínio cognitivo e/ou motor-; treinamento de alunos de cursos que não têm nenhum tipo de experiência em ambiente hospitalar ou qualquer outro dispositivo de saúde. Apesar disso, houve permanente supervisão pelas professoras, discussões em grupos e as dificuldades foram enfrentadas com êxito. Atualmente, o grupo conta com 20 participantes, sendo 4 bolsistas e 16 voluntários, de diversos cursos, que fazem em um trabalho semanal na ala pediátrica de um hospital geral e em duas instituições de longa permanência para idosos (ILPI’s). As contribuições para a saúde dos participantes são várias, que inclusive geraram temas para pesquisas de trabalhos de conclusão de curso. Os alunos referem sentirem-se mais completos e mais humanos, participando de um projeto que oferece uma possibilidade real de afeto e de aproximação entre as pessoas com um objetivo de promover saúde. Em relação aos profissionais das unidades de saúde, percebeu-se que muitos mudaram sua perspectiva acerca da forma do cuidado, apresentaram-se mais pacientes e bem-humorados durante a realização das atividades. Quanto às instituições, foram estabelecidos bons vínculos e o trabalho do grupo é sempre elogiado e aguardado. Assim,  foi possível inferir que a extensão universitária, através deste projeto, ofereceu aos alunos vivenciar atividades de humanização, que podem favorece-lo como futuro profissional e, como cidadão, que terá um olhar diferenciado para as pessoas e o cuidado com elas. O que se pretende para o futuro é que haja cada vez mais pessoas interessadas em participar e colaborar com este projeto, a fim de que ele permaneça levando saúde com bom humor às pessoas.

Palavras-chave:  lúdico; promoção da saúde; extensão universitária


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