Última alteração: 2017-08-17
Resumo
O projeto de extensão ReAbilitArte (www.reabilitarte.org) realiza várias ações de divulgação das pesquisas sobre as afeções do sistema neurolocomotor e de inclusão das pessoas com deficiência (PcD). O grupo realiza eventos transdisciplinares, tais como os simpósios "Reabilitação neurolocomotora da banca ao leito" (2010, 2 dias, 35 palestras, 170 participantes) e "A revolução neuroplástica em movimento" (2012, 3 dias, 30 palestras, 5 oficinas, 180 participantes). Outros eventos de menor porte promovam uma aproximação entre estudantes, profissionais da saúde, pacientes e familiares ou associações. Entres estes, destacamos o "1o Fórum paralímpico universitário" com atletas e torneio de futebol em cadeira de roda motorizadas (2012) e ainda vários "bate-papos com Camila Lima", uma estudante carioca vitima de bala perdida, tetraplégica, com uma história exemplar de reabilitação e inclusão.
Tendo demostrado sua eficiência operacional, e conseguido tecer uma rede ampla e consolidada de amigos e instituições parceiras que lutam pela causa, o grupo é solicitado com frequência para produzir eventos externos, bastante formadores e enriquecedores para os voluntários e bolsistas: Associação Carioca de Distrofia Muscular, Sociedade de Pediatria¸ Clube PowerSoccer, universidades, Instituto NovoSer,... seja para lançar um software de inclusão digital, promover uma oficina de LIBRAS para computação na comunidade surda fluminense, ou provocar audiências na Câmara Municipal sobre acessibilidade (2015) ou sobre doenças raras (2017).
O ReAbilitArte também luta para promover a inclusão das PcD na própria UFRJ. Apenas 7% das PcD concluem o ensino superior e metade das que conseguem um emprego recebem menos de um salário mínimo. Na UFRJ, juntando todos os cursos e unidades, temos menos de 1% de alunos PcD, enquanto 24% dos brasileiros apresentam alguma deficiência! Portanto, ações afirmativas e concretas são urgentes para promover a inclusão desse grupo no nosso espaço universitário, para que ele possa beneficiar-se de uma educação superior de qualidade, propiciando melhor integração laboral e inclusão social.
Considerando que um dos fatores que restringe o acesso é a falta de acessibilidade das instalações, reunimos vários especialistas no "1o Fórum de Acessibilidade UFRJ" (2013) e formamos uma equipe transdisciplinar para elaborar um sistema colaborativo que permita : 1) criar um índice de acessibilidade arquitetônica funcional ; 2) geolocalizar dinamicamente rotas, prédios e serviços, para orientar a locomoção de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida (idosos, obesos, gestantes, acidentados) ; 3) colaborar com as autoridades competentes (Decanias, Prefeitura Universitária, ETU, Pró-Reitorias) na identificação dos locais com maior necessidade de intervenção e no planejamento adequado das obras.
A versão 1.1 do aplicativo "Mapas de Acessibilidade Inteligentes" foi lançada no "2o Fórum de Acessibilidade e Tecnologia Assistiva da UFRJ" (2015), junto com uma nova logomarca, que simboliza o afeto e visa reunir todos os projetos inclusivos coordenados pela UFRJ.
Em colaboração com o Fórum Permanente UFRJ Acessível e Inclusiva (instituído em 2016), pretendemos realizar oficinas de sensibilização para estudantes, funcionários e terceirizados, estender o geomapeamento coletivo aos demais prédios e campi, ampliar a luta colaborativa para tornar nossa universidade mais rica das suas diversidades, e contribuir dialogicamente para a formação de cidadãos conscientes e engajados.
Palavras-chave: Deficiência; Inclusão; Ensino superior; Tecnologia assistiva; Divulgação científica.