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A COR DA UFRJ
Eduardo José Pereira Maia, Leine Cristiane Batista Cavalcanti, Gabrielle Braz Santos Brandão, Renato Alhadas da Silva, Luciana Coimbra Meireles Bandeira, Everton Pereira da Silva, Dandara Augusto dos Santos, Larissa Lira da Silva Nabuco de Araújo, Maiara Cristina Viana da Silva, Monique Deise Guimarães Bastos, Rogério Laurentino Reis

Última alteração: 2017-08-17

Resumo


Esse trabalho faz parte das atividades de extensão e pesquisa realizadas pelo Laboratório de Pesquisa em Geografia e Educação (LAGE), em parceria com o Núcleo de Extensão Grafia e Herança Africana (NEGHA) e o Núcleo de Estudos do Quaternário & Tecnógeno (NEQUAT). Propõe-se a conhecer a comunidade da UFRJ (estudantes, professores, funcionários, prestadores de serviços de longa duração e trabalhadores terceirizados) iniciando a pesquisa com um levantamento do perfil socioeconômico, socioespacial e etnicocultural daqueles vinculados ao Instituto de Geociências (IGEO). Além de oferecer à sociedade e à comunidade um panorama sobre de onde vêm, quem e como são aqueles que compõem a UFRJ, o estudo tem a finalidade de experimentar metodologias que nos permitam conhecer os sujeitos pelas suas falas, e não somente pelos dados quantitativos. Deste modo, estamos aferindo as condições de acesso e permanência dos estudantes; no que diz respeito aos funcionários, tanto técnicos, quanto docentes, o acesso e as relações que estabelecem com a universidade; e, com relação aos trabalhadores terceirizados e prestadores de serviços, como se relacionam com a UFRJ no cotidiano. O primeiro levantamento efetuado para o IGEO refere-se ao perfil socioeconômico, espacial e mapeamento dos estudantes negros e pardos da unidade, avaliando as condições de permanência dos estudantes e sendo analisado o sistema de ingresso de estudantes por ação afirmativa. Uma análise inicial das informações dos estudantes do curso de Licenciatura em Geografia, pelo questionário preenchido na pré-matrícula pelos estudantes e com auxílio de uma pesquisa, também com uso do questionário, realizada pelo Departamento de Geografia nos anos de 2015/2017, revela que: os estudantes, na sua maioria (61%), se declararam de cor branca, sendo 30% os que se declararam pardos e 4% pretos. Desse grupo, 43% dos estudantes são oriundos de escolas particulares e 25% exclusivamente de escolas públicas. Com relação ao recebimento de auxílio estudantil, seja na forma de bolsa ou auxílio moradia, 43% do grupo de cotistas é benificiário deste tipo de auxílio. Quanto ao local de moradia, verificou-se que mais de 91% dos cotistas residem na Zona Norte do município do Rio de Janeiro, nos municípios da Baixada Fluminense ou em São Gonçalo. Ainda preliminares na fase atual da pesquisa, os dados apurados nesta etapa inicial pretendem revelar: o perfil dos estudantes de Licenciatura em Geografia; o mapeamento dos locais de moradia e os meios de acesso; e a relação entre o acesso e a permanência dos estudantes cotistas, em sua maioria negros, tanto na Geografia, quanto no Instituto de Geociências. A pesquisa tem conclusão prevista para 2020.

Palavras-chave: universidade; permanência; pertencimento; perfil etnicorracial; perfil socioespacial


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